Como superar os primeiros anos de vida de uma empresa - Parte 01
Conseguir sobreviver nos 2 primeiros anos de vida é um dos maiores desafios da maioria dos empresários. Contas a pagar e a receber que não fecham, inseguranças sobre o futuro, falta de experiência no mercado, dentre outras questões sempre estão na lista de preocupações dos empreendedores.
As micro e pequenas empresas têm um papel fundamental na economia brasileira. Segundo uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, os pequenos negócios correspondem a mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB).
São aproximadamente 9 milhões de micro e pequenas empresas no país que representam cerca de 27% do PIB.
Entretanto, quando resolvem investir, muitos empreendedores não se dão conta nos desafios que virão pela frente. Muitas vezes, o fato de estarem lidando com uma empresa pequena, muitas vezes familiar, deixa a sensação de que os problemas também serão menores.
Nos primeiros anos de vida, então, a atenção à gestão do negócio deve ser redobrada. Isso porque, no Brasil, estatísticas do IBGE apontam que em média 24% das empresas fecham as portas logo no primeiro ano de atuação. Este percentual sobe para cerca de 48% para empreendimentos com até 3 anos de vida.
É preciso muito esforço, planejamento e dedicação para não integrar este volumoso percentual.
Para que a sua empresa não faça parte desta estatística tão dura e triste, traremos semanalmente uma série de artigos com algumas dicas valiosas para que o seu negócio consiga driblar as barreiras e sobreviver aos primeiros anos de vida. Confira o primeiro deles!
Planejar é preciso!
É muito comum que novos empresários fiquem ansiosos para colocar a sua empresa em ação. Entretanto, manter o foco é um dos grandes desafios para que não esqueçam de um passo essencial para a sobrevivência da organização: um plano de negócios bem estruturado.
Quando não existe um direcionamento é praticamente impossível estabelecer metas e manter o negócio no caminho desejado.
No plano de negócios, o empreendedor pode obter informações preciosas que podem ser úteis para certos pontos:
- Descrição da empresa;
- Investimento necessário;
- O caminho que deseja seguir com o empreendimento,
- Cenário atual do mercado que a empresa está inserida;
- Análise dos concorrentes.
Planejamento financeiro é fundamental
Você já ouviu falar em fluxo de caixa? Caso não tenha, deveria estudar sobre o assunto!
O fluxo de caixa é uma eficiente ferramenta não apenas para o controle dos gastos, mas também para a tomada de decisão. Com ele sua empresa consegue avaliar a saúde financeira atual e realizar projeções para os próximos períodos de atuação, o que facilita consideravelmente reestruturações estratégicas.
Para isso, é fundamental que você tenha processos financeiros preestabelecidos e os acompanhe através do seu fluxo de caixa evitando, assim, surpresas desagradáveis em relação à verba disponível e consiga direcionar seus investimentos para áreas deficientes.
O erro de muitos empresários no início do seu negócio é não fazer o controle financeiro de forma adequada. Entender o fluxo financeiro da sua empresa é o básico que se espera de um empreendedor, mas, mesmo assim, um grande percentual destes não tem ideia de quanto vendem, quanto gastam e de quanto lucram com o seu negócio. Vivem em uma ilusão de “achismo” e quando se dão conta, o estrago está feito e, muitas vezes, são obrigados a fecharem as portas totalmente endividados. É aí que aquele sonho se torna um pesadelo cruel!
A mistura das finanças pessoais com as da empresa.
Misturar as finanças pessoais com as finanças da empresa é uma prática comum, principalmente quando o empreendedor é responsável por toda a administração do negócio. Se a empresa ainda não tem uma movimentação financeira mais intensa, muitos acabam juntando tudo na mesma conta por considerarem mais prático para gerenciar. Entretanto, não separar as despesas pessoais das contas do negócio pode ter várias consequências negativas, como descapitalizar a empresa com o excesso de gastos pessoais.
Quando o empresário aprende a separar os gastos pessoais dos gastos da empresa, os benefícios são inúmeros:
- Possibilita avaliar corretamente as finanças da empresa e reduzir o risco de endividamento
- Permite maior assertividade nas decisões
- Proporciona segurança para as despesas pessoais
- Reforça a credibilidade da empresa
No início, principalmente pra quem está num círculo vicioso, parece impossível conseguir fazer esta separação, mas quando você começa a fazer isso, consegue enxergar que é libertador!
Podemos fazer um artigo inteiro com dicas de como fazer a separação das despesas pessoais com as da empresa. Deixe seu comentário, se você quiser este conteúdo!
Não extrapole sua capacidade financeira
Para crescer é necessário investir. Porém, antes de tudo, é fundamental que sua empresa respeite a capacidade financeira atual. Por isso, antes de tomar a decisão sobre onde e como investir, analise a realidade das finanças do seu negócio. Verifique como os gastos podem ser cortados para remanejar a verba e, em último caso, recorra a um empréstimo ou a uma nova rodada de capital.
E sua empresa, já está preparada para enfrentar as necessidades do dia a dia e planejar um crescimento sustentável? Conhece alguma outra dica fundamental para driblar as dificuldades e fazer com que o negócio supere os primeiros anos de atuação? Compartilhe-as conosco através dos comentários!
Semana que vem voltaremos com a parte 2 com esta sequência de artigos que podem fazer a diferença no futuro da sua empresa!
Conhece alguém que precisa conhecer estas dicas valiosas? Compartilhe este artigo e vamos juntos salvar as micro e pequenas empresas deste Brasil!



